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Resumo: Como eu me tornei um melhor engenheiro

Luciano Júnior

Luciano Júnior

16 de maio de 2024

Na busca pelo autoconhecimento, entendi melhor os passos que dei na minha vida e, olhando para trás, consigo analisar o resultado que cada um trouxe. Agora, com mais clareza, listo o que mais contribuiu para minha carreira como engenheiro de software nos últimos anos.

  1. Leitura

    A minha relação com a leitura não começou muito bem. 90% dos livros que eu li na vida foram nos últimos 2 anos. Desde a escola, eu "não gostava de ler" e não entendia porque deveria gostar de algo que não era prazeroso. Isso mudou quando, na faculdade, descobri a existência dos livros sobre programação e tecnologia.

    Um livro marcante nessa trajetória foi o ng-book do Nathan Murray, na época que eu comecei a aprender Angular 2 por recomendação do meu professor Dalton. Ler folhas de texto sobre código, algo que eu era apaixonado, foi uma sensação ótima – li todo o livro em poucos dias.

    Após isso, pouco a pouco fui me descobrindo leitor e ampliando a biblioteca (inclusive, adorando os mesmos livros que eu odiava na escola). Se você ainda não tem o hábito de leitura: comece lendo um assunto que já te interessa. Definitivamente, leia.

  2. Prontidão para resolver problemas

    No início do meu primeiro emprego eu percebi que haviam alguns canais de ajuda dentro do Slack da organização, com dúvidas e discussões sobres os produtos da empresa. Especialmente, sobre uma ferramenta de desenvolvimento que era usada por outros times.

    Nem sempre havia quem respondesse as dúvidas, então eu prontamente comecei a responder e ajudar os colegas de outros times, às vezes no meu tempo livre. Isso me levou a estudar assuntos além da minha área para resolver os problemas, ampliando meus conhecimentos.

    Por estar ajudando, também criei uma relação com algumas pessoas que me ajudavam de volta em outras dúvidas futuras. Isso me levou à participar de projetos importantes e ter visibilidade sobre outras áreas do negócio.

  3. Otimizar para diversão

    O mundo tem muitos problemas a serem resolvidos para você trabalhar com algo que não gosta. O caminho para o sucesso é demorado e desconfortável: você precisa gostar para persistir.

    Na universidade eu tive a oportunidade de conhecer diversas áreas, correntes de pensamento e tipos de atividade. Procurei experimentar coisas diferentes e, sempre que algo era divertido, eu investia mais naquilo.

    Hackathons e projetos paralelos foram importantes para eu descobrir qual parte do trabalho me interessava mais. Eventualmente, eu encontrei aquilo que parece brincadeira pra mim mas parece trabalhos para os outros.

  4. Acompanhar quem você admira

    O melhor lugar para estar no início da carreira é uma empresa com alta densidade de talento. Eu tive essa oportunidade e conheci colegas de trabalho que eram geniais no que faziam.

    Estar no papel de novato ou júnior pode ser intimidador, mas eu busquei sempre "colar" nessas pessoas. Seja lendo e estudando suas contribuições no código ou então participando silenciosamente como shadow nas reuniões que eles participavam.

    Isso me fez aprender como eles pensavam e, com prática, também conseguir resolver problemas nas áreas do código que só eles mexiam. Além disso, conheci pessoas sensacionais: 3 desses engenheiros estão criando a deco comigo.